O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) divulgou orientações voltadas à proteção de crianças e adolescentes em diferentes ambientes — domésticos, públicos, aquáticos e digitais. A iniciativa busca reduzir acidentes e ampliar a conscientização sobre cuidados preventivos que pais e responsáveis devem adotar no cotidiano.

Dentro de casa, o órgão recomenda atenção especial à cozinha, onde o contato com facas, gás e produtos químicos oferece riscos. É fundamental armazenar itens cortantes e de limpeza em locais altos, além de explicar às crianças os perigos e regras de segurança. No quarto, a orientação é fixar estantes e utilizar móveis com bordas arredondadas. No banheiro, tapetes antiderrapantes e vigilância constante durante o banho são indispensáveis.

A sala de estar e áreas externas também requerem precauções. Os bombeiros reforçam a necessidade de organizar fios, evitar objetos pontiagudos e supervisionar o uso de churrasqueiras e produtos de limpeza.

Em locais públicos, o CBMMT recomenda manter as crianças sempre por perto, preferir pulseiras de identificação e definir pontos de encontro em caso de separação. Também orienta ensinar os pequenos a não conversar com estranhos e procurar um adulto de confiança se se sentirem inseguros.

Para ambientes aquáticos, o major BM Felipe Mançano Saboia alerta que o afogamento é a segunda principal causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos. Medidas como instalar cercas em piscinas, usar coletes salva-vidas e evitar boias comuns reduzem os riscos. Ele reforça que a supervisão de um adulto é indispensável, mesmo para quem sabe nadar.

No ambiente digital, o CBMMT chama atenção para o aumento dos crimes cibernéticos. Dados da SaferNet mostram mais de 49 mil denúncias de abuso e exploração sexual infantil no primeiro semestre de 2025, representando 64% das notificações na internet. O uso indevido de tecnologias, como deepfakes e inteligência artificial, tem agravado a vulnerabilidade de menores.

A recomendação é que os pais mantenham diálogo constante, usem ferramentas de controle parental e denunciem qualquer suspeita. As ocorrências podem ser registradas pelo Disque 100, WhatsApp (61) 99611-0100, Polícia Civil, Polícia Militar (190) ou via SaferNet Brasil, de forma anônima.