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O Ibovespa amarga mais um dia de quedas nesta quinta-feira, 10 de julho de 2025, operando em baixa de cerca de 1% aos 136.116 pontos, após recuar mais de 1% na véspera, tudo por causa da tarifa de 50% que Donald Trump jogou sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. O dólar sobe 0,8%, refletindo a aversão dos investidores ao real, enquanto o governo Lula, mais perdido que cego em tiroteio, culpa os EUA e promete retaliar. Mas, com o mercado em pânico e empresas como Embraer (EMBR3, -7,48%) e Minerva (BEEF3, -7,66%) sangrando, a retórica de soberania de Lula soa mais como choro de vitimização do que plano concreto.
Os EUA, segundo maior parceiro comercial do Brasil (12% das exportações e 15% das importações, totalizando US$ 40,3 bilhões em 2024, ou 1,9% do PIB), viraram o alvo das lamúrias petistas. A XP avalia que o impacto pode ser limitado, já que commodities como as da Vale (VALE3, com menos de 1% de receita nos EUA) podem ser redirecionadas, mas empresas expostas como Embraer, Suzano (SUZB3) e Tupy (TUPY3) sentem o baque. O JPMorgan chama o anúncio de “balde de água fria”, interrompendo a entrada de capital estrangeiro, enquanto a Ativa Investimentos alerta para volatilidade e revisões em valuations. Até setores menos afetados, como petróleo e distribuidoras, podem sofrer com câmbio e flutuações.
Lula, em nota oficial, bradou que o Brasil “não será tutelado” e promete reciprocidade, mas o mercado não compra o discurso. Haddad, que fala às 10h no Canal do Barão, tenta segurar as pontas, defendendo o aumento do IOF em reunião com senadores como Davi Alcolumbre e Hugo Motta – sem sucesso, com nova audiência no STF marcada para 15 de julho. Enquanto isso, o IPCA de junho subiu 0,24%, acima do esperado, pressionando ainda mais a economia. A Genial Investimentos destaca que o caso brasileiro, com contornos políticos, dificulta um recuo de Trump, e Otávio Araújo, da Zero Markets, prevê retração de investimentos e volatilidade.
Com o dólar a R$ 5,54 e o Ibovespa em queda, o governo Lula parece mais preocupado em culpar os EUA e posar de vítima do que em negociar uma saída. A promessa de retaliar soa vazia diante da crise que se avizinha, e o brasileiro, mais uma vez, paga a conta de um governo que troca soluções por bravatas. Às 01:43 PM -04, o cenário é de incerteza, com a diplomacia patinando e o mercado esperando um milagre que Lula e Haddad, aparentemente, não têm como entregar.
