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Mato Grosso fechou maio de 2025 com 3.013 novos empregos com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado em 30 de junho pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo, resultado de 55.940 admissões e 52.927 desligamentos, reflete um acumulado de 32.281 vagas no ano, superando as 25.508 de 2024. Quatro dos cinco setores econômicos cresceram, com a Construção liderando (1.484 vagas), seguida por Serviços (801), Indústria (705) e Comércio (596). Mas, enquanto o governo Lula posa para a foto do progresso, será que a mão de obra local ou a retórica petista merece o crédito?
Cuiabá brilha com 579 novos postos, seguida por Sorriso (506), Várzea Grande (428), Jaciara (176) e Sinop (170), elevando o estoque de empregos formais da capital a 224 mil. A maioria das vagas foi ocupada por mulheres (1.557) e jovens de 18 a 24 anos (1.873), com ensino médio completo predominando (2.987). Nacionalmente, o Brasil alcançou 1,051 milhão de vagas em cinco meses, com destaque para Serviços (562.984) e Indústria (209.685), e um estoque recorde de 48,2 milhões. Estados como São Paulo (+33.313) e Minas Gerais (+20.287) lideram, mas Rio Grande do Sul (-115) patina.
O governo Lula celebra, com o secretário Felipe Proenço destacando a “qualificação” do mercado, mas o tom soa como eco de velhas promessas. O Mais Médicos e outros programas petistas aparecem como vitrine, enquanto a economia cresce mais pela iniciativa privada – como a construção em Mato Grosso – do que por políticas eficazes. A Agropecuária, com 72.650 vagas no ano, e a Construção, com 149.233, mostram que o setor produtivo puxa o crescimento, não o Planalto. Mulheres (78.025) e jovens (98.003) lideram as contratações em maio, mas o subfinanciamento do SUS e a falta de infraestrutura seguem como entraves que Lula prefere ignorar.
Com o dólar a R$ 5,54 e o Ibovespa em 136.571 pontos (04:05 PM -04, 11/07/2025), o mercado reflete incertezas, e o governo, em vez de planejar, vive de retrospectivas. Mato Grosso avança com 32,2 mil vagas, mas a pergunta fica: o mérito é do trabalho local ou de um governo que só sabe posar de herói com números alheios?