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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu um despacho nesta segunda-feira (21) para reforçar a proibição imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de utilizar redes sociais, seja de maneira direta ou indireta.
A clarificação ocorre logo após Bolsonaro cancelar uma entrevista agendada com o portal Metrópoles, que seria transmitida ao vivo por meio do YouTube e da plataforma X. Segundo o portal, a decisão do ex-presidente foi motivada pelo receio de que a veiculação do conteúdo pudesse resultar em sua prisão por descumprimento de medidas cautelares.
O novo documento foi anexado ao inquérito que investiga o suposto envolvimento de Bolsonaro em uma trama golpista para reverter o resultado da eleição de 2022. No despacho, Moraes detalha que a proibição "inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros".
O ministro adverte que o investigado não pode se valer desses meios para "burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão". A ordem judicial visa impedir que a restrição original seja contornada pela publicação de suas declarações em perfis alheios.