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A Polícia Federal (PF) concluiu, em uma análise preliminar, que o conteúdo do pen drive encontrado no banheiro da residência de Jair Bolsonaro é irrelevante para o inquérito em andamento. O dispositivo foi recolhido durante uma operação de busca e apreensão na última sexta-feira, 18 de julho.
Embora um laudo detalhado sobre os arquivos ainda não tenha sido emitido, fontes da investigação confirmaram que uma primeira varredura descartou a importância do item para o avanço do caso. Após a ação policial, o ex-presidente declarou em entrevista que não tinha conhecimento sobre a existência do dispositivo, chegando a levantar a suspeita de que o objeto poderia ter sido implantado no local pelos próprios agentes federais.
Contudo, todo o procedimento de busca na residência foi registrado por câmeras corporais utilizadas pela equipe da PF, um protocolo que visa garantir a lisura das operações.
Com a análise do pen drive em segundo plano, os esforços da perícia se concentrarão agora no aparelho celular de Bolsonaro, também apreendido na mesma data. O objetivo principal é examinar diálogos entre ele e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Os investigadores buscam verificar se houve orientação do então presidente para que fossem realizadas ações nos Estados Unidos, com o intuito de pressionar o governo de Donald Trump a aplicar sanções contra o Brasil em meio ao julgamento de ações sobre a tentativa de golpe.
Até o momento, não foi estabelecido um prazo para a conclusão da perícia no telefone do ex-presidente.
